sexta-feira, 6 de abril de 2018

A gente aprende

Com o tempo a gente aprende que o valor de uma pessoa está muito além das camadas de roupas que ela usa ou dos quilos de maquiagem que ela abusa. É preciso não buscar na aparência aquilo que só uma alma nobre pode oferecer. Não buscar no charme de um olhar aquilo que só um coração livre de rancor pode dar. Com o tempo a gente também aprende que algumas dores podem ser escancaradas numa boa, enquanto outras não; que nem toda tristeza tem permissão de ser exibida; e que nem todo sorriso encerra uma alma feliz. Descobrimos então que a fachada de uma pessoa abriga muitas outras coisas além daquelas que poderíamos supor; que ao nos depararmos com um sorriso, nem sempre estamos diante de uma alegria verdadeira; e que a beleza não é requisito para julgarmos a nobreza ou o caráter de alguém. Avaliamos o livro pela capa, o shampoo pelo frasco, o jeans pelo preço da etiqueta, o crush pela popularidade. E esquecemos que caráter e conteúdo não vêm com rótulos. Ao contrário, é preciso ultrapassar a barreira da aparência se quisermos conhecer a essência. É claro que uma embalagem bonita atrai olhares. Mas depois que o presente é aberto, e o papel amassado é deixado de lado, resta somente aquilo com que teremos de lidar de fato. E popularidade, moedas no cofrinho ou vestido novinho não significam nada quando se trata de caráter e bondade. É preciso romper a barreira da aparência. Desvendar o que há por trás do sorriso constante ou da vestimenta arrogante. Descobrir que de uma aparência inadequada podem surgir grandes surpresas, e que um sorriso doce pode esconder algumas tristezas. Ouse acreditar que há o que ser descoberto por trás das cortinas da aparência. Nem tudo é o que parece ser, e a gente tem que aprender a olhar nos olhos e acreditar que, mesmo que faltem argumentos, o essencial mora no lado de dentro…

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