domingo, 29 de abril de 2018

Viva

Antes de você partir, viva! Vivemos como se a morte não fosse chegar, como se não houvesse final, e acabamos morrendo em vida. Para a vida. Às vezes lutamos e nos desgastamos demais para um futuro incerto, ou desistimos por não acreditar no amanhã.Temos tanta pressa com tudo, que acabamos por não viver nada. É duro acreditar, mas a morte chegará para nós também. Mas você sabe como? Quando? Mesmo que esteja doente é difícil de prever.  O que sabemos é que ela, a tão temida morte, não tem data certa para chegar, mas nos cerca por toda a vida, o que é bom, porque nos faz pensar o quanto vale tanto sacrifício, quanto vale adiar os momentos bons e os sonhos para o amanhã. Não espere seu coração parar para querer sentir as melhores coisas da vida.Tenha mais medo da morte do que de viver. Promova em vida, ou nesta vida seu aperfeiçoamento pessoal, inove seu interior enquanto ele ainda está quente. Você pode sonhar e construir alicerces para conquistar, mas lembre-se que o caminho é o mais importante do que o final. É durante o caminhar que seu corpo se move, respira e seu coração bate. Torne sua vida significativa vivendo o hoje. Sinta o gosto do café , do vinho, do pão. Ouça a voz e o bater do coração de quem você ama hoje, toque na pele das pessoas, sentindo a temperatura quente, antes que seja tarde, ou esteja frio. Não deixe que a raiva, o rancor, o ódio tomem para eles a sua vida. Não desperdice um minuto do seu precioso tempo dando valor à quem não te merece, pessoas com más intenções corroem sua alma, saia de perto de quem não te faz bem. Faça cada minuto a partir de agora, valer a pena. Feche seus olhos em vida para sentir o amor, o perfume e o gosto de cada coisa, mas nunca para desistir. Se optar por viver, ainda dá tempo de curar, remendar sua alma, ou a de quem você até agora só fez sofrer. Esteja de olhos abertos para encontrar com o olhar de quem ama, e antes de partir, viva!


sábado, 28 de abril de 2018

Como pode chamar isso de amor

Como você chama de amor algo pesado e que tira a sua paz? Se você, no final do dia, tenta conter o choro. O amor é leve, o amor é bonito. Esse amor que a culpa e faz você se achar problema está mais para apego do que para amor. Como você chama isso de amor, se sofre, se tenta acreditar que as coisas vão melhorar, mas, na primeira oportunidade, vê-se com feridas novamente. Não estamos livres de nos magoar quando amamos, mas temos a oportunidade de não cometer o mesmo erro duas vezes, temos a chance de ser a melhor versão de nós mesmos para o outro. Você chama isso de amor? O choro engasgado, os disfarces em público para parecer bem. Você acha mesmo que isso é amor? Quem não demonstra se importar com as suas dores e sempre despeja palavras que ferem? Não, isso pode ser tudo, menos amor. O amor não segue teorias e lógicas, nem tem como defini-lo. Mas, de uma coisa eu sei: o amor acrescenta e faz tudo ficar melhor. Não é fardo, muito menos tempestade. O amor é abrigo.Você mais chora do que ri, ouve mais desculpas e promessas do que eu te amo. Eu sei que você está tentando acreditar que é uma fase e que vai dar certo. Também sei que cansou de acreditar, muitas vezes, mas que, de alguma forma, não consegue se desligar disso. A minha pergunta ainda é: desde quando sofrer é sinônimo de amar? Como diz uma música, sinônimo de amor é amar. É reciprocidade. Não more sozinho numa história de amor, não confunda apego com sentimentos nobres e não permita que o outro a machuque com a indiferença ou que use da sua bondade para lhe ferir. Desapegue de quem não lhe quer bem, de quem não se importa com o que você sente. Desapegue desse apego que é tudo, menos amor..


Seja você mesmo

Hoje em dia eu não procuro mais pelo melhor nas pessoas, eu procuro por tudo que é real, porque a bondade às vezes vem disfarçada de falsidade, mas o que é real, vem despido e imperfeito. A realidade é nua e crua e não tem vergonha de suas feridas e cicatrizes. Pessoas de verdade são honestas, doa a quem doer, uma pessoa boa, não precisa falar que ela é boa, atitudes demonstram o que as palavras insinuam.
Eu me afasto sem aviso prévio, de tudo e todos que promovam sentimentos negativos, em mim e nas pessoas a minha volta. A verdade é que, ninguém é perfeito, mas existem aqueles que tornam a imperfeição na coisa mais bonita que você já viu. Porque eles não têm medo ou vergonha de expressar quem são por dentro e por fora. Cuidado com aqueles que criticam demais, que estão sempre dispostos a fazer você se questionar se é bom o suficiente. Cuidado com os frustrados e amargurados, eles vão tentar te convencer que não vale a pena lutar para ser feliz. Inveja? Não, eu não acredito em inveja, eu acredito em acomodados, que escolhem ficar estagnados, e se incomodam com quem vai à luta e faz acontecer, então sem essa de achar que todo mundo tem inveja de você. Não se sinta tão especial, não se coloque em um patamar acima dos outros, aqui nesse mundo, somos todos iguais. Não importa se você acorda em uma cobertura de frente para o mar, que vale milhões, ou se você acorda em uma casinha simples no meio do nada, todos acordam sob o mesmo céu, e vão dormir sob a mesma lua, respiramos o mesmo oxigênio e bebemos da mesma água. O que nos diferencia uns dos outros, é o quanto estamos dispostos a lutar, a evoluir, a ser e fazer melhor. A chegada e partida deste mundo, é a mesma para todos sem exceção. Então seja real, seja verdadeiro com você mesmo acima de tudo. E que a sua bondade se manifeste em palavras, ações, olhares, sorrisos e em todo o amor que você é capaz de dar e receber. Seja verdadeiramente uma pessoa do bem, não para que ninguém saiba ou veja, mas para que você experimente a sensação de viver ao invés de somente existir.


Se coloque no lugar dos outros

Olhar de longe os acontecimentos, como mero espectador, não dá a ninguém autoridade suficiente para julgar o que vê. Frequentemente, as pessoas são julgadas pelas atitudes que tomam, sofrendo olhares de censura e comentários reprovadores de quem não conhece o que se passou de fato até que se chegasse àquela tomada de decisão. Um dos maiores favores que faremos aos outros será o de conhecer antes de julgar. Quem rompe um relacionamento, quem larga o emprego, quem ama como quiser, quem fala o que pensa, são inúmeros os exemplos de comportamentos que acabam sendo alvo da maldade alheia, alvo do veneno de quem não consegue enxergar a si próprio e foge disso denegrindo o outro. Como podem emitir juízos de valor baseados somente no conhecimento superficial, sem ter vivido de perto nenhuma das histórias que não são suas? Cada pessoa sente o mundo, os acontecimentos, a vida, de um jeito próprio, ajeitando aquilo tudo conforme o que possui dentro de si, de acordo com o que vem se tornando enquanto a vida lhe envia as bagagens. Ninguém sente igual, nem dor nem prazer, o que nos impede de querer que o outro aja como achamos que deveria ou como nós mesmos agiríamos. E quem disse que o que pensamos é o mais correto? É muita presunção mesmo. Da mesma forma, bem como tanto se alerta, é preciso exercitar a empatia, colocando-se no lugar do outro, entendendo-o antes de criticá-lo. E é preciso coragem para se colocar nas dores alheias, porque isso dói, isso traz consciência de que, muitas vezes, estamos sendo injustos com quem apenas necessita de apoio. Atitudes extremas quase nunca são tomadas por quem está bem e tranquilo, mas sim por pessoas enredadas em meio à dor e ao desespero. Ignore quem ataca sem entender, quem julga sem conhecer, quem fofoca sem saber, porque a maioria das pessoas só está preocupada com o que acham serem erros alheios que poderiam ser evitados, embora elas próprias errem e tentem se esconder, apontando o dedo para fora de si. Afinal, ninguém conseguirá ser tão implacável quanto a nossa própria consciência.

Aceite as pessoas como elas são

É preciso tolerar e aceitar as pessoas como elas são, porém, conservando-nos o direito de nos afastar cordialmente de quem não nos agrada. A intolerância é a mãe do preconceito, da exclusão, do racismo, de tudo, enfim, que segrega, separa e agride o que não se aceita, o que não se acha normal, o que incomoda sem nem haver razão. Podemos entender que o outro tem a própria maneira de pensar, que sua história de vida é peculiar e suas bagagens podem ser totalmente diferentes das nossas. Podemos compreender que as verdades alheias, por mais que nos soem ilógicas e absurdas, são do outro tão somente e não necessariamente nossas. Desde que não nos firam, as escolhas do outro não nos dizem respeito. Desde que o outro esteja feliz, sem pisar ninguém, não temos como tentar intervir em estilos de vida que não são nossos. Devemos saber discordar sem ofender, sem tentar impor o que pensamos como verdade absoluta  isso é arrogância burra. Necessitamos ouvir o que o outro tem a dizer, por mais que não enxerguemos ali razão alguma, mesmo que o que disserem ou fizerem seja exatamente o contrário de tudo o que temos como certo. Desde que não nos ofendam, nem ultrapassem os limites de nossa dignidade pessoal, os outros terão o direito de viver o que bem quiserem. No entanto, sempre poderemos escolher quem ficará ao nosso lado nos momentos mais preciosos de nossa jornada, enquanto construímos nossa história de vida, de luta e de amor. Da mesma forma, conseguiremos nos desviar de quem nos desagrada, afastando-nos das pessoas que nada nos acrescentam, sem precisar criticá-las ou brigar com elas. Sim, podemos  e devemos  aceitar as pessoas como elas são, pois isso é o mínimo que se requer, em se tratando de sociedade, porém, não seremos obrigados a conviver além do necessário, além do suportável, além do adequado, com gente que enche a paciência e nos irrita. Isso seria masoquismo.


quinta-feira, 26 de abril de 2018

Não insista

Não insista em pessoas (amizades ou amores) que não fazem esforço nenhum para estar perto, para ouvir, para ligar e perguntar como você está, com um real interesse em sua vida. Levante-se, pegue sua dignidade e vá embora! Sem reclamar, sem questionar o que é inquestionável, apenas vá embora e siga o seu caminho. Um dia você perceberá que as pessoas que acreditou que sempre estariam ao seu lado “não têm tempo”. Elas estarão ocupadas demais com a própria vida, as próprias escolhas e festas e histórias e trabalho, mas não terão tempo para você. Na verdade, não é nada disso, porque todo mundo precisa de um amigo, todo mundo precisa de um amor. A diferença é que não é mais você, nem o amigo que importa ou o amor que ela (essa pessoa) quer. Vou dizer uma coisa que você detesta, mas sabe que é verdade: as pessoas têm, sim, tempo, é claro, mas escolhem gastar com outras pessoas. ‌isso é tão normal. Não deveria ser, mas é. E tudo bem. Não se culpe, não culpe o outro por não lhe dar mais a mesma atenção e cuidado que você ainda tem por ele. Mas lembre-se de que essa é a deixa: levante-se, pegue sua dignidade e vá embora. Vá embora! Sem reclamar, sem questionar o que é inquestionável, apenas vá embora e siga o seu caminho. Não insista em pessoas (amizades ou amores) que não fazem esforço nenhum para estar perto, para ouvir, para ligar e perguntar como você está, com um real interesse em sua vida. Não se demore em conversas que insistem em dizer sobre saudades, mas não diminuem as distâncias físicas. ‌Não fique onde não haja RECIPROCIDADE. Isso não significa que deve alimentar raiva ou mágoa. Significa que é a hora de você ser maduro o suficiente para se retirar, pois ali não há mais espaço para você. Porém, existem outros espaços incríveis aguardando a sua chegada. Se você está achando injusto que não recebe de alguém o mesmo afeto que dá, é porque já passou da hora de seguir em frente. Ninguém é obrigado. Nem você. Existe no mundo um bocado de gente precisando de carinho e atenção e com uma vontade imensa de retribuir. Preste atenção nessas pessoas, vá dividir com elas o seu melhor. Algumas amizades ficarão apenas na história, alguns amores serão apenas pontes para uma boa mudança em você. Aceite o que não depende só de você: vá embora! Priorize o seu bem-estar e conserve o seu coração aquecido. Depois, priorize aqueles que estão ao seu lado porque ali querem permanecer. Dê valor às pessoas que não deixam que o tempo justifique suas ausências.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

A beleza do amor

Como é saudável viver um amor sem medo, sem cobranças, sem jogos de desinteresse e sem insistência para o outro ficar. Como é bom ver o outro nos escolher todos os dias, mesmo a gente não merecendo, às vezes… como é bonito a serenidade de um amor tranquilo. Quando somos mais jovens, amamos sofrer. Amamos a angústia, a dor, os vai e vens da vida.  A verdade é que demoramos para perceber a beleza de um amor sadio, a beleza da tranquilidade, do abraço sincero e da paz. De um relacionamento sem brigas, sem discussões desnecessárias e que faz a gente ter a certeza de que o outro sempre estará lá por nós. Uma certeza boa daquelas que faz a gente sentir que ganhou na loteria. Demoramos muito para ver a beleza da transparência, da afinidade e de alguém que seja nosso porto seguro. Descarto assim os amores egoístas cheios de “eu” e pouco de “nós”. Amores rasos de pessoas vazias que tentam encher a si mesmo esvaziando ao outro. Isso dói, machuca. E a gente, por ingenuidade ou por falta de vivência, acaba aceitando doar, mesmo sem receber. Acaba aceitando se esvaziar e permanecer na “mornidão”de um amor raso, imaturo. É uma pena levar tanto tempo para assumir para nós mesmos que não aceitamos mais qualquer coisa. Qualquer abraço, qualquer beijo, qualquer afeto e qualquer relacionamento. É uma pena que tenhamos que nos ferir tanto, chegar ao nosso limite para contemplar e reconhecer a beleza de um amor maduro. Depois de muito tempo entendemos que viver chorando não é sinônimo de amar demais. Que insistir em ficar quando o outro quer partir é um ato contra o nosso amor-próprio. É uma pena ver que precisamos primeiro nos despedaçar para só então nos conhecermos de fato. Que precisamos aceitar tão pouco para ver que aquilo não nos bastava. Depois de se achar problema, de tentar fazer dar certo inúmeras vezes, de insistir, de implorar para que o outro fique, a gente cansa. Desmorona. Mas se recompõe. E é aí que entendemos a beleza da parceria, da cumplicidade e do amor. Aquele amor bonito que a gente não sofre por amar. Aquele amor vivido e sentido a dois. Ah, como é bom transbordar. Como é saudável viver um amor sem medo, sem cobranças, sem jogos de desinteresse e sem insistência para o outro ficar. Como é bom ver o outro nos escolher todos os dias mesmo a gente não merecendo, às vezes… como é bonito a serenidade de um amor tranquilo. Levamos muito tempo para distinguir amor de apego. Amor de comodismo. Levamos tempo para reconhecer que rotina não é relacionamento e que estar junto não é necessariamente se relacionar. Depois de um tempo entendemos a beleza dos filmes, das séries e dos jantares a dois. Entendemos que cumplicidade vai além de estar ao lado fisicamente e que, mesmo depois de tanto tempo, o amor só aumenta e jamais diminui e que não existe essa de “não ser mais novidade.” Demoramos. Mas aprendemos e é essa a beleza da vida: reconhecer e recomeçar.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Quando cansar chore

Às vezes nos cansamos, chegamos ao limite de nossas forças e, simplesmente, nos deixamos levar. Chorar não é desistir, nem é um sinal de fraqueza. Em algumas ocasiões não temos outro remédio que não recorrer a este alívio tão necessitado porque estamos cansadas. Cansadas de ser fortes. Porque a vida nos exige muito, e quem nos rodeia nem sempre é consciente de tudo que damos em troca de nada. Não carregue o peso do mundo nas suas costas. Carregue tudo aquilo que, de verdade, é essencial para você, e não se esqueça nunca de que o seu coração precisa de um espaço privilegiado para você mesma. E se precisar chorar, chore, porque só os mais fortes se permitem fazer isso.  O fato de “não chorar” envolve, muitas vezes, não demonstrar o que sentimos e nos esconder sob aparências falsas que não são corretas. Se você se empenhar em aparentar estar bem, escondendo sentimentos e problemas, no final das contas não apenas irá esconder suas emoções do mundo, mas também de você mesma. As emoções que se ocultam são problemas que não enfrentamos. E um problema não solucionado é uma emoção que acaba sendo somatizada em forma de dor. Não se pode ser forte todos os dias, assim como ninguém pode esconder seu mal-estar ou tristeza durante toda a sua vida. Não é saudável. Você deve se permitir este instante de alívio onde as lágrimas atuam como autênticas liberadores de estresse, nervosismo, e emoções. Lembre-se: Chorar cura. As lágrimas são um alívio que compõe o primeiro passo da mudança. Supõe assumir nossas emoções e liberá-las. Após o choro chega a calma. Sentimos-nos mais relaxados para ver a realidade e tomar decisões. A necessidade de ser forte quando a vida nos exige demais. Ninguém sabe melhor do que você o que você investiu para estar onde está. Ao que você teve que renunciar por pessoas que você ama. E tudo isso foi feito por livre e espontânea vontade, pois era o que você desejava.  Sempre chega um momento em que parece que a vida, e mais ainda, as pessoas que nos rodeiam, não nos tratam com o carinho que nós demonstramos por elas. Você deve ser forte diante de uma sociedade que não facilita a vida em termos sociais e profissionais. Mostrar força diante de uma família que nem sempre é fácil lidar como deveria, diante de pais, irmãos ou parceiro que, em algumas ocasiões, costumam priorizar excessivamente a eles mesmos, sem levá-lo em conta. E além disso, há dias nos quais você se cansa de ser forte, de levar tudo nas suas costas, e então, é preciso chorar. É importante estabelecer limites e dar à vida somente aquilo que podemos oferecer. Ninguém pode dar mais do que tem. É impossível oferecer alegria e felicidade aos outros se eles não retribuírem com o mesmo carinho, com o mesmo afeto. A chave está no equilíbrio. Para conseguir ser forte e poder lidar com todas as tarefas ao longo do dia e, por sua vez, cumprir com estes objetivos que temos em mente levando em conta as dificuldades, é importante colocar em prática estas dimensões: Ser forte implica, primeiramente, estar bem consigo mesma. Cultive o seu crescimento pessoal, aproveite os seus momentos sozinha, os seus interesses. Ame cada pessoa que você tiver ao seu lado e, acima de tudo, ame a si mesma. Os mais fortes são os que sabem amar e, por sua vez, amar também a eles mesmos. E não, isso não é um sinal de egoísmo. Ser forte requer também liberar pesos que dificultam o nosso avanço, que afetam o nosso bem-estar e nos causam sofrimento. Sabemos que dói em muitas situações, mas é necessário deixar de dar prioridade a todos aqueles que não nos consideram. Ser forte significa se permitir “ser fraco” de vez em quando. O que queremos dizer com isso? Você tem direito de dizer que “não consegue lidar com isso ou aquilo”, que está além da sua capacidade, que não vai assumir mais responsabilidades do que as que já tem. Você tem direito de dizer que “não consegue mais” e que precisa de um descanso. Você tem direito de pedir respeito, demandar carinho, afeto e reconhecimento. Quem precisa de você deve compreender que você também precisa deles. E, é claro, você tem todo o direito a seus instantes de alívio pessoal, de buscar um instante de intimidade para passear e pensar em si mesma, para chorar, para escutar seus pensamentos e atender as suas emoções, para tomar decisões e avançar. Porque a vida é, no final das contas, isso mesmo. Caminhar por nossos próprios caminhos vitais com o máximo de equilíbrio e bem-estar interior.

sábado, 14 de abril de 2018

A vida é sua



Não deixe, nunca, que lhe digam se você está bonito ou feio, arrumado ou desarrumado, atraente ou não. Nunca permita que palpitem se você deve engordar ou emagrecer, malhar ou meditar, estudar ou trabalhar. Não dê abertura para que decidam se você deve ir atrás de um amor ou abandoná-lo, ter um filho ou sair pelo mundo, se converter a uma religião ou abrir a sua mente. Ninguém, absolutamente ninguém possui mais legitimidade do que você mesmo para sentir o que é melhor para si. Não há regras para tudo, os “padrões” muitas vezes não fazem sentido algum, você, definitivamente, não precisa ser igual à maioria. Mas, para que isso dê certo e você se sinta realmente bem, é necessário que aprenda a se olhar, a se estudar, a se compreender. Parar, de fato, para sentir se prefere isso ou aquilo. Se se sente melhor assim ou assado. Se está feliz com a sua aparência, o seu trabalho, os seus relacionamentos, a sua espiritualidade, o rumo da sua vida…Conectar-se, de fato, consigo mesmo. Com a sua intuição. Com os seus desejos mais íntimos (e muitas vezes abafados). Com a sua visão de mundo. Com o seu momento. Com o seu propósito maior. Não importa o que os outros vão achar! A opinião deles é problema só deles. Deixe pra lá. Feche os ouvidos. Não lhes dê chance… Só você pode sentir se está no rumo certo, se está se realizando, se se sente bem…“Ah, mas eles podem se magoar, e isso não é legal…” Tudo bem, podem sim. Mas melhor os outros magoados por um tempo, do que você frustrado pela vida inteira. Quem te ama realmente, vai te compreender ou, ao menos, te aceitar, mais cedo ou mais tarde. E os que não fizerem isso são egoístas demais e não merecem a tua atenção. Eles têm problemas consigo próprios, pode acreditar, e ora ou outra vão ter que se resolver. Deixe eles… E, além disso, todos têm os seus momentos na vida, as suas incertezas, as suas flutuações. E está certo, é assim mesmo. De fato, nada é estático. Então, tudo bem você ter dúvidas. Tudo bem mudar de ideia.  Na verdade, precisamos é nos RESPEITAR. Respeitar nossos sentimentos e nossas mudanças de sentimentos. As nossas dúvidas, os nossos momentos, os nossos desejos, a nossa intuição. E exigir que os outros nos respeitem também, em todos os aspectos. No fundo, devemos ouvir o nosso CORAÇÃO, a única e verdadeira bússola que não nunca vai nos enganar, nem nos deixar na mão. O coração se sente bem? Então, pise fundo! O coração sentiu um aperto ou um desconforto? Pare, respire, dê um tempo, procure entender. Respeitar-se, amar-se, empoderar-se.


terça-feira, 10 de abril de 2018

Viva de verdades

Sim, a vida seria bem mais simples e espontânea se as pessoas não vomitassem felicidade falsa nem tentassem o tempo todo provar um equilíbrio que elas não têm. Ninguém acorda super bem todos os dias.  Ás vezes a gente fica mal mesmo, lembra de um monte de fatos trash e quer chorar na cama que é lugar quente. Ás vezes as coisas não parecem fazer muito sentido e a gente quer ficar fechadinho dentro da gente mesmo. A gente não precisa rejeitar a tristeza como se fosse uma doença pestilenta. Ela faz parte da vida como a alegria. Só precisamos tomar cuidado para não transformá-la em um hábito ou nos esconder atrás dela por medo de ser feliz ou ainda dar importância demais a problemas e principalmente à pessoas pequenas. Este é um exercício e tanto que pode levar anos ou a vida inteira. Mas me parece que vale a pena. A vida seria mais simples se as pessoas fossem mais elas mesmas. Se elas olhassem nos olhos dos outros e falassem sobre seus problemas, seus medos. A vida seria mais simples se a gente não precisasse provar que é bem-sucedido o tempo todo. Seria mais simples se a gente pudesse gostar das pessoas independentemente da vida que elas levam. Se a gente pudesse dizer sem constrangimento algum que está se sentindo um monte de merda e que a vida pode ser bem complicada sim. Talvez, se admitíssemos mais o caos que é viver, não sofreríamos tanto. Talvez, se desfocássemos mais daquilo que dizem que é importante , mas que não faz sentido para nós, fôssemos mais bem sucedidos num sentido mais amplo. Talvez se mostrássemos mais os nossos rostos demaquilados e nossas almas nuas, se não nos defendêssemos tanto uns dos outros, se não nos importássemos tanto em mostrar que somos melhores do que os outros, pudéssemos ser mais unidos, mais solidários, mais amados, mais amantes.


Maturidade

A maturidade nos permite ter a capacidade de perceber-nos, de nos encontrarmos no tempo e espaço, de sair das situações através de uma nova ótica e enxergar o todo. É como se conseguíssemos ver os acontecimentos de fora, como se não fôssemos o personagem principal e assim ganhamos o poder de avaliar com imparcialidade e menos sofrimento, quanto mais maturidade, menos sofrimento e mais aceitação! A maturidade é perfeita… com o passar do tempo eu gosto cada vez mais de quem me tornei… por dentro e por fora! Aprendemos a nos incomodar menos com o que os outros pensam sobre nós e mais com o que pensamos sobre nós mesmos, afinal é isso que nos impulsiona na vida! A maturidade é reconhecer os próprios erros e ao mesmo tempo estar consciente de não ser perfeito, enxergar-se em constante transformação. A maturidade é pedir perdão e querer ser melhor a cada dia através dos tropeços, quedas e recomeços. A maturidade é se olhar no espelho e pensar: Eu gosto do que vejo, me admiro, me cuido, me amo! Sou melhor agora do que antes, evoluí! Como é boa a sensação de se olhar no espelho e gostar mais do hoje do que do ontem Maturidade é valorizar o hoje porque o ontem ficou para trás e o futuro é desconhecido, o único momento que importa é o agora, aja, faça e aconteça! E se não der certo saiba reconhecer que fez o seu melhor!


domingo, 8 de abril de 2018

A cura

A cura é tudo aquilo que fazemos cessar em nós. Seja dor, tristeza, mágoa, rancor. Tudo que tenha se transformado em luto, dando-nos o tempo necessário para que aprendamos a nos reconstruir com a alma e com a força que nos impulsiona ao recomeço. É quando prestamos mais atenção nos dias, com outro olhar buscando sustentação interna dentro de uma grande aura de luz e energia, que pode nos transportar a caminhos melhores, depois de termos deixado para trás aquele tempo de desgaste, dentro da necessidade interna de encontro e reconciliação com o que habita em nós. A cura vem quando passamos a viver de aceitação interna, sabendo de nossas prioridades, indo em busca de viver, não empurrados ou jogados à própria sorte, mas suturando as feridas, abrindo espaço para um caminhar mais aberto e ao mesmo tempo livre do peso do passado, que, muitas vezes, martela e insiste em querer fazer parte da transitoriedade dos dias. É quando ficamos mais perto do que o coração não rejeita e com mais sensatez, aprendemos a nos reconstruir de modo mais humano, mais ameno e menos explosivo, onde silêncios na hora certa evitam desgastes e turbulências desnecessárias. A cura vem da querência de buscar a própria felicidade, sem interferência de ninguém, fazendo uma lista mental do que devemos levar para a vida como lição do que devemos criar em nós, sendo mais próximos de nós mesmos e de tudo que nos faz entender o que é relevar, perdoar, acreditar e confiar, como quem assina, ao mesmo tempo, um pacto com o destino. É como encaixar a alma dentro de uma grande reflexão interna, sem se opor a si mesmo (a) aliviando as bagagens, envolvendo-se em novas oportunidades, em busca da própria paz. É ir em busca de alcançar desejos e sonhos com coragem, determinação e fé, acima de tudo, sendo tocados pelo coração.

A cura, por vezes, é um grande desprendimento de tudo que não vale mais nenhum investimento emocional, limpando a caixa de memória, abrindo espaço interno para novos projetos sensações e momentos. É também tudo aquilo que jamais será esquecido, por ter sido amor, por ter sido, generosamente, bom e feliz.
Essa é a cura da saudade e de tudo aquilo que nos aproximou mais da vida. Cura essa, que, muitas vezes, não passa, mas nos faz sorrir momentaneamente pelo bem que nos fizeram, pela conjunção do amor e pela linha tênue que ficou entre nós, como algo que não se separa internamente. A cura vem do querer, do precisar, da vontade de se transformar, mas também, muitas vezes, de ficar ali mais um pouco abraçando aquilo que nos fez ser gratos por tantas coisas boas. O tempo ajuda, a gente se situa, aprende a compreender e segue. É como abrir uma nova tela e dizer: é hora de recomeçar!

Decepção

Na maioria das vezes em que nos decepcionamos com alguém, só nos decepcionamos porque escolhemos nos cegar. Escolhemos não ver o que sempre esteve nítido e claro na nossa frente.
A vida diz. A vida conta. A vida não esconde.
A gente é que vira a cara por vontade própria. Porque as pessoas são assim. Enquanto acham que podem tirar algo de você, estão ao seu lado.E quando não precisam mais, passam a não estar. Assim rápido, frio, sem cerimônias, sem adeus, sem explicações, sem peso na consciência. As pessoas descartam as outras como se fosse fácil. Porque para elas, é. É difícil conviver com as pessoas quando você tem o péssimo hábito de se apegar a elas.É difícil fingir que não se importa quando você faltou essa aula no colégio. É difícil deixar pra lá quando o pensamento martela forte. É difícil… mas eu continuo tentando. E se eu aprendi a minha lição? É claro que não. Porque eu sou assim. Adoro perder o meu tempo com quem não merece nem um segundo meu.

sexta-feira, 6 de abril de 2018

A gente aprende

Com o tempo a gente aprende que o valor de uma pessoa está muito além das camadas de roupas que ela usa ou dos quilos de maquiagem que ela abusa. É preciso não buscar na aparência aquilo que só uma alma nobre pode oferecer. Não buscar no charme de um olhar aquilo que só um coração livre de rancor pode dar. Com o tempo a gente também aprende que algumas dores podem ser escancaradas numa boa, enquanto outras não; que nem toda tristeza tem permissão de ser exibida; e que nem todo sorriso encerra uma alma feliz. Descobrimos então que a fachada de uma pessoa abriga muitas outras coisas além daquelas que poderíamos supor; que ao nos depararmos com um sorriso, nem sempre estamos diante de uma alegria verdadeira; e que a beleza não é requisito para julgarmos a nobreza ou o caráter de alguém. Avaliamos o livro pela capa, o shampoo pelo frasco, o jeans pelo preço da etiqueta, o crush pela popularidade. E esquecemos que caráter e conteúdo não vêm com rótulos. Ao contrário, é preciso ultrapassar a barreira da aparência se quisermos conhecer a essência. É claro que uma embalagem bonita atrai olhares. Mas depois que o presente é aberto, e o papel amassado é deixado de lado, resta somente aquilo com que teremos de lidar de fato. E popularidade, moedas no cofrinho ou vestido novinho não significam nada quando se trata de caráter e bondade. É preciso romper a barreira da aparência. Desvendar o que há por trás do sorriso constante ou da vestimenta arrogante. Descobrir que de uma aparência inadequada podem surgir grandes surpresas, e que um sorriso doce pode esconder algumas tristezas. Ouse acreditar que há o que ser descoberto por trás das cortinas da aparência. Nem tudo é o que parece ser, e a gente tem que aprender a olhar nos olhos e acreditar que, mesmo que faltem argumentos, o essencial mora no lado de dentro…

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Ela e sua força

Ela é forte, porque ela está em constante batalha com a sua ansiedade. A ansiedade diz que ela é fraca. Que ela não deveria se expressar. Que ela não deveria levantar da cama. Alguns dias, ela ouve a tudo que essa voz diz. Em outros dias, ela encontra forças para ignora-la. Ela encontra a força para sair do quarto. Para socializar. Para sorrir. Ela é forte, porque ela aparece – mesmo quando está tremendo. Ela fala, mesmo quando está gaguejando. Ela continua a respirar, mesmo quando a respiração é falha. Seria mais fácil para ela cancelar os planos com amigos, recusar encontros, matar aula, faltar trabalho porque está doente – e às vezes, ela faz tudo isso. Às vezes, a ideia de estar perto de pessoas é muito para ela conseguir lidar. Na maior parte do tempo, ela faz o que precisa fazer. Ela desliga o alarme. Ela toma banho. Ela se veste. E faz o que tem que ser feito. Claro, ela se distrai ao longo do dia. O menor dos acontecimentos pode ser suficiente para deixa-la tonta. Uma mensagem de alguém que estava sumido, um email que ela não tem certeza de como responder, um olhar estranho de algum dos colegas de trabalho. Ela sofre com o excesso de atenção, mas se esforça para superar isso. Ela ignora a forma que ela pensa que está todo mundo reparando nela, a julgando, e ela se esforça para ser produtiva. Ela se força a focar no que é realmente importante. Ela se recusa a deixar a ansiedade controlar sua vida. Ela não deixa seus pensamentos sombrios ofuscarem os positivos. Ela está motivada a ser a melhor pessoa que ela puder ser. Às vezes, a ansiedade faz ela se sentir fraca. Menos. Como se ela não merecesse ficar no mesmo ambiente que pessoas extrovertidas. Mas mesmo que ela se sinta inferior, tudo isso está longe da verdade. Ela é uma guerreira. Por que ela não consegue enxergar isso? Ela tenta tanto. Ela se esforça tanto. Ela alcançou tanto. Algumas pessoas raramente tentam se aventurar fora da sua zona de conforto – mas ela está fora da sua zona de conforto todo santo dia. Ou ela está preocupada com o que dizer, ou com o que vestir, ou onde estacionar. Ela nunca relaxa. Ela está sempre no limite. Por isso ela está sempre aprendendo. Sempre crescendo. Cada segundo, todos os dias. Claro, há momentos que ela sofre. Quando ela não consegue falar uma palavra por horas. Quando ela sofre, de pijama, e ignora o banho.

Em outros momentos, ela encontra forças para expor sua opinião. Quando ela se surpreende com o quão corajosa ela consegue ser.
Ela provavelmente não percebe ainda, mas mulheres com ansiedade são as mais fortes do mundo, porque elas nunca têm um minuto de paz. Porque elas estão sempre lutando –  sempre vencendo.